Humor, bobagens, memórias & palpites

Mulheres do Face, Instagram, Twitter...

 

Mulheres, dizem, são imprevisíveis. Discordo em parte e acrescento, são imprevisíveis quando estão amando ou em relacionamento, caso contrário, são totalmente previsíveis, e qualquer um pode conferir...

Sabe aquela amiga que posta no Facebook pela manhã: “Hoje acordei poderosa e linda, alô felicidade!”... pois é, ela não está poderosa nem linda, porque NINGUÉM acorda assim, exceção à Branca de Neve, que é um desenho animado. Ela acorda com os cabelos parecidos com os de um leão, olhão inchado, gases, aquela camiseta furada preferida (estampa do Brochado da Rocha, quando candidato a vereador), meia remanescente da época do dancing days e, sozinha! Postar que está se sentindo poderosa é um mantra, uma espécie de pensamento positivo, um desejo e objetivo a ser alcançado naquele dia, nada mais.

Quando solteira, ou sozinha, a mulher é um ser compreensível, uma fada de beleza e um poço de paciência para com os problemas alheios, palpitando, aconselhando, sofrendo junto e se preocupando com os amigos. É uma pessoa solidária, a qualquer hora do dia ou noite, parceira onipresente para homens e mulheres de suas relações. Sem descanso!

Nas noites de sexta ou sábado, as postagens são do tipo: “Bora, balada!” ou “No Buteco, curtindo a vida”, e por aí vai.

Conheço mulheres que passam as noites em claro, em bares, boates e bailes na cata do bem-querer, mas esta não é uma tarefa fácil. Homens fogem de mulheres complicadas, chatas e fúteis. E também das que se acham “donas da verdade” ou aquelas desesperadas por uma companhia. E calma, nunca foi o forte de grande parte da ala feminina.

Quando, no entanto, esta criatura celestial desaparece do convívio, assim, sem mais nem menos, e não souberem notícias suas por um longo período, saiba que ela está namorando. E esqueçam sua companhia, pelo menos enquanto durar o affair... afinal, ela conseguiu! E as mensagens nas redes sociais também mudam, agora chamam o eleito de “mor”, o mundo é bom, e a felicidade até existe! Infelizmente, tem prazo. Sim, tem prazo...

Mulher não gosta de ficar sozinha e, paradoxalmente, quando tem alguém, faz tudo o que é possível para assustar, torrar e decepcionar o cristão. Atraido pelas ideias, ele se encanta pela princesa e ela, já que fisgou o incauto, parte prá segunda etapa: vigiar, exigir, reclamar, cobrar e não entender uma coisa simples: parceiro é para completar, conversar, se divertir e sonhar, nunca para ser transformado num objeto que precise ser guiado, cobrado, ou se transforme em espécie de “brother” de televisão, que ela precise monitorar 24 hs. por dia, para se sentir segura.

Ele “quis” ficar com ela, e ela deveria entender isso. Mas não entende. E dá problema. E sério!

Depois de algum tempo sumida, ela volta, e começa tudo de novo!

Homens não são assim. Podem ser cafajestes, tímidos, descolados, cachorros, ou seja lá o que for, mas não tem esta complexidade toda num relacionamento, e por isso, ao contrário das mulheres, preferem ficar sozinhos.

Pelo menos até a próxima bebedeira...

 

Como diria Mário lima: Nasceuuuuuuuuuuuuu!!!!!!

 

Nascer na metade do Século passado não foi ruim...

Ainda deu prá pegar o gosto pelo bolero, tango, escutar Dolores Duran, viajar pendurado no bonde Petrópolis, trocar gibis no cine Ritz e, claro, passar o dia inteiro no “estádio” do Ararigbóia, jogando uma bolinha, que ninguém é de ferro!

No dia que nasci foi exibido o primeiro episódio de “Casino Royale” na TV americana e, também, John Kennedy é submetido a uma cirurgia de coluna, tudo, como se vê, para ofuscar minha triunfal entrada neste mundo!

Quando chegaram os anos 60, e já consciente das coisas em volta, não me recentí pela falta do funk ou lepo-lepo, porque Maísa tinha a mania de me enfeitiçar pelo rádio, assim como Antonio Maria, Cauby... e ainda fui abençoado por ter visto o nascimento da bossa-nova (paixão até hoje), e curtir a chegada dos Beatles e da Jovem Guarda.

Tempos duros de comer muito xuxu, batata, sopa e café preto, mas também de muita diversão com irmãos e primos, principalmente em Cidreira.

Depois vieram as reuniões dançantes de garagem, os bailinhos em clubes, os namoros, e a luta insana e desanimadora para perder a virgindade dignamente, isto é, descartando-se o “barranco” e prostitutas. A timidez dificultou muito esta parte...

Acompanhar as transformações que aconteceram nos últimos 50 anos foi, sem dúvida uma experiência espetacular, um aprendizado permanente e a certeza de que podemos cruzar muitos anos nos divertindo, porque sempre achei que este era o objetivo de tudo. Mesmo nos maus momentos, e não foram poucos, sempre procurei fazer isso, e até hoje, é uma exigência pessoal. Embora muita gente tente e faça força para que não aconteça...

Então é isso, falar de tudo é o que pretendo, e sempre que for possível, postarei um “textículo” por aqui!

 

Porto Alegre, 1954

  

Crie um site grátis Webnode